quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A SURPRESA


Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: 

Como sou misteriosa. 

Sou tão delicada e forte. 

E a curva dos lábios manteve a inocência.
    
Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha 

olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. 

Por uma fração de segundo a gente se vê 

como a um objeto a ser olhado. 

A isto se chamaria talvez de narcisismo, 

mas eu chamaria de: alegria de ser. 

Alegria de encontrar na figura exterior 

os ecos da figura interna: 

ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo.


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